quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Puerto Varas e Chiloé

Dia 06 (18/01/2012) - Osorno e Puerto Varas
Fomos de Pucón para Puerto Varas passando antes pelo Parque Vicente Peres Rosales, o mais antigo do Chile. Contornamos o lago Llanquihue pelo norte e chegamos ao parque pelo lado do vulcão Osorno. O parque é completamente aberto, sem portões e sem cobrança de ingressos. Todas as paisagens vistas da estrada são muito bonitas e fomos subindo em curvas fechadas e parando de vez em quando até chegarmos ao pé do vulcão. Lá em cima tem um teleférico, muito bem pago, com 2 estações lomba acima. A visão a partir das estações é espetacular. Enxerga-se, ao longe, o Tronador, que faz divisa com a Argentina na altura de Bariloche.

Caminhamos bastante no entorno da primeira estação. É um pó de lava preta por tudo, formando um contraste muito bacana com a neve branquinha do vulcão e o céu azul.
Voltando para a estrada principal e asfaltada do parque, fomos para o Lago Petrohue, passando ao dado do rio de mesmo nome e suas corredeiras de água verde.

No lago tinha muita gente. Estacionamento, restaurante, ambulantes e barcos para passeio, casas de veraneio e hotéis. Tem gente que chega de Bariloche pelo lago, hospeda-se em algum dos bons hotéis que tem por ali e vai de ônibus para Puerto Montt.












Depois de comer um cachorro-quente com abacate, alugamos um passeio de barco só para nós, e demos uma banda no lago. Ficamos sabendo que a melhor época para veranear por aqui é fevereiro, quando o degelo já está terminando e o lago baixa um pouco o volume. Diz o Seu barqueiro que dá pra tomar banho, que a água nem é tão fria. Ah tá! Passamos pela casa do dono do jornal Mercúrio, o grandão do Chile, e como em Angra dos Reis, a casa tem uma série de obstáculos na água para a chinelagem não botar os pés na praia. Valeu o passeio na água verdinha com o Osorno se esfumaçando ao fundo.

Chegamos em Puerto Varas com luz, mas já pelas 8 e tanto da noite. E, não foi tão simples achar acomodação pra 8 pessoas. Ficamos no Ayentemo. Um bom lugar, mas um pouco mais caro que esperávamos.

Jantamos muito bem. Segundo os de menor, os motoristas tinham se passado no vinho e eles fariam uma prova pra ver quem seria aprovado para dirigir. Fizeram um risco no chão pra gente caminhar em linha reta. Mas, quando dancei chula na linha deles, optaram pelo Cascata.


 Dia 07 (19/01/2012) - Chiloé

Fomos a Puerto Montt na busca de algum conserto para a câmera do Cascata que estava com a lente emperrada desde o esquibunda do Villarrica. Nada. Sem chance. Só compramos umas chaves de fenda pra tentar arrumar depois.

Chegamos no porto para pegar o ferry para Chiloé pelas 11h. Tinha fila, mas as barcas são bem frequentes. Navega-se até a ilha com a cordilheira ao fundo da paisagem. E, chegando lá, pegamos a Ruta 5, ou Panamericana (que começa exatamente na ilha e segue adiante), novamente e andamos uns 30 km até Ancud, onde demos uma boa caminhada.

Primeiro no forte, onde 2 guris apaixonados por futebol nos guiaram. Aqui no sul, desde Pucón, todos torcem pelo Colo-Colo. Depois, fomos no mercado de artesanias e venda de peixe onde, enfim compramos salmão defumado para os nossos lanches. Almoçamos por lá também e comi o curanto, que é o prato típico da região e leva mariscos, outras conchas com seus bichinhos, batata, linguiça, porco, galinha e um pão cozinhado. Tudo isto misturado, mas não picado. O curanto pode ser feito na panela cozinhando tudo ou em valas no chão onde colocam fogo embaixo e depois vão colocando os alimentos em camadas e cobrindo com folhas para cozinhar.

Depois de uma volta na cidade, a dúvida. Vamos para alguma aldeia perto ou nos tocamos para Castro, capital da ilha, 100 km ao sul para ver as palafitas e as igrejas de madeira que são patrimônio da humanidade?

Bueno, ia ser puxado, mas resolvemos ir para Castro, que ainda tem o melhor museu de arte contemporânea do Chile, mas este não daria para visitarmos. Além de pegar mais estrada, pegamos um desvio, indicado pela guria do turismo, onde passaríamos por mais igrejas. Que estrada desgraçada! Que poeirama e para ver a primeira igreja ainda tivemos que entrar num desvio do desvio por mais uns 6 km. A igreja, bem conservada, no meio do nada e com algumas poucas casas no entorno, estava fechada. Mas, em seguida veio alguém abri-la para nós. Muito interessante. Absolutamente tudo de madeira.



Depois, resolvemos tocar direto para Castro, caso contrário não chegaríamos lá com luz. Que buracama! 

As palafitas são voltadas para o continente no leste. E o sol por aqui, quem diria, se põe no oeste. Assim, não tem luz do entardecer nas palafitas. Sem muitas fotos. São 5 áreas com palafitas e fomos na que estava um pouco mais favorecida pelo sol. Apesar de algumas estarem bem pintadas, tem muita sujeira por baixo, onde chegamos caminhando porque a maré estava baixa.



Ainda fomos na enorme catedral de madeira, tombada e em pleno funcionamento, bem no centro da cidade. A parte externa é toda coberta com placas de metal moldadas com trabalhos e pintadas. Castro é uma cidade bem grande.

Para visitar as palafitas o melhor é dormir em Castro e sair de barco de manhã cedo para olhar tudo a partir da água. Aí, com a luz melhor.

Chiloé valia mais tempo. Além do que vimos e falamos, tem também muitas vilas de pescadores e parques nacionais.

Quando pegamos o asfalto para voltar a Puerto Varas já estava anoitecendo. Uns 130 km até o ferry, mais a passagem na balsa pela meia-noite, mais uma parada para averiguação do carabineros perto de Puerto Montt, e chegamos no hotel depois da 1h. E não fomos a Frutillar. Faltou tempo aqui. Mas o barco para Puerto Natales tem data para sair, e este não podemos adiar.

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