domingo, 23 de setembro de 2012

Minas - Ouro Preto


Sexta-feira, 21/09
Depois do café da manhã em Brumadinho, tocamos viagem para as cidades históricas, iniciando por Congonhas, que é uma grande cidade, onde a parte histórica se destaca no alto de morros. A maior atração, são, é claro, os profetas de Aleijadinho. Um guia local nos explicou sobre a Basílica Santuário de Bom Jesus de Matosinhos e as obras do Aleijadinho, que estão nas escadarias da entrada principal. O conjunto arquitetônico, integrado também pelo largo em frente à igreja e uma enorme escola (ainda em funcionamento) é muito significativo. O dia estava lindo, céu azul.
Depois de Congonhas, foi a vez de passarmos por Ouro Branco, em que o único destaque é a histórica igreja (fechada para restauro) e um casarão logo em frente. Mariana foi a terceira parada. A cidade, vizinha de Ouro Preto, está muito bem cuidada, lindinha! Tem um centro histórico todo arrumadinho, casarios bem pintados, muito artesanato, lojinhas interessantes, pelas quais, aliás, não passamos, porque queríamos dormir em Ouro Preto e ainda teríamos que achar um hotel.

 
O programa que fizemos em Mariana, acompanhados de um guia que contratamos, foi a visita à Mina da Passagem - de ouro, desativada. Muito interessante, valeu o passeio – descemos de vagãozinho (trolley) até 120m de profundidade onde pudemos ver os veios das rochas e minerais, a forma de extração, o lago formado pelo encontro com o lençol freático – onde há atividade de mergulho na escuridão, ou melhor, com luzes artificiais, algo incrível.... Na saída da mina o guia mostrou como se dá o processo de separação do ouro em pó na bateia. Curiosidades: desde a sua fundação no início do século XVIII, foram retiradas aproximadamente 35 toneladas de ouro desta mina; são, aproximadamente, 11km² sob Ouro Preto e Mariana; já ocorreu uma etapa de bicicross da Red Bull no interior desta mina.

Também fomos visitar a gruta da Lapa, que tem muitas cavernas interligadas, servia de esconderijo para os escravos fugitivos e acabou gerando uma comunidade quilombola. O guia nos levou até alguns garimpeiros, que mostraram várias rochas, como águas marinhas, topázios imperiais (este só existe nesta região) em pedra bruta e muitas já lapidadas.

Chegamos em Ouro Preto à noitinha, já escurecendo. Nos hospedamos no Solar Cláudio Manuel. Percebemos que o turismo estava fraco, muitas pousadas e hotéis fazendo grandes descontos. O Solar Cláudio Manuel tem uma fachada linda; por dentro é algo bem característico, muito antigo, precisando de melhorias, é verdade, mas nos acomodou bem e o preço valeu a pena. Estávamos num ponto excelente, junto à praça Tiradentes, ao lado da Cafeteria e Livraria do Centro Cultural e Turístico do Sistema FIEMG (lugar mutio bom), bem próximos da Igreja São Francisco e da feirinha de pedra sabão mais importante da cidade. A janta foi chique – restaurante Bené da Flauta, com uma vista lindíssima para a igreja Santa Efigênia cuja festa acontecia neste mesmo dia, então, a subida do morro estava toda iluminada, formando um rastro amarelo e uma música de banda de sopro, ao longe, embalou nosso maravilhoso jantar.


Sábado, 22/09
Um dia inteiro em Ouro Preto. Muito sobe e desce ladeira. Fomos, inicialmente, na igreja São Francisco e na feirinha de pedra sabão. Depois, ladeira acima, parando bastante para aguentar a puxada até a Sta Efigênia, de onde a vista para a cidade histórica é muito linda. Passamos, depois, pela Ponte dos Suspiros, cenário dos encontros de Marilia e Dirceu, da obra poética do inconfidente Tomás Antônio Gonzaga. Conhecemos a igreja matriz Nª Sra da Conceição e o anexo Museu Aleijadinho e assim, muitos outros pontos turísticos de Ouro Preto. Um dos locais bem interessantes foi a Casa dos Contos, um enorme casarão reformado e que conta a história da moeda brasileira, tem uma senzala no subsolo. Comemos sanduíches no Café do FIEMG, um espaço logo ao lado do nosso Solar, bem bacaninha, com opções para lanches, cafés, chás, cervejas, vinhos e anexo a uma livraria. À tarde choveu, então permanecemos por um tempinho no hotel, depois seguimos visitando alguns pontos, principalmente igrejas como a Nª Sra do Pilar, 2ª mais rica em ouro do Brasil. No final da tarde ainda visitamos o Museu da Inconfidência e em seguida comemos bolinhos de bacalhau e tomamos uma cerveja/sucos ao lado do Museu da Mineração, junto à praça Tiradentes. Foi um excelente dia de passeio, vimos também lojinhas com artesanato, joias feitas com as pedras preciosas da região. A cidade estava cheia. Soubemos que na igreja do Pilar haveria um festival de corais às 21h. Tomamos banho e rumamos para lá, mas, havia missa, que não acabava nunca, então, cansamos de esperar e seguimos até um restaurante para comer algo mais consistente, já que o dia foi de lanchinhos. Neste trajeto, reconhecemos a República Jardim Zoológico (uma das muitas casas de estudantes da UFOP), em uma esquina bem próxima à igreja do Pilar. Nesta República o Ricardo e a Débora se hospedaram em sua 1ª visita à cidade, nos idos dos anos 80 (Vixe!!!)


Dia 23/09, domingo
Domingo chuvoso e friozinho. Os sinos frenéticos de alguma igreja nos acordaram. Compramos algumas lembrancinhas e uma panela de pedra sabão e, após o café da manhã, partimos para BH. Na saída de Ouro Preto, já na estrada, paramos no artesanato Saramenho, bem interessante, com cerâmicas produzidas no local.
Em Belo Horizonte, passeamos ligeiramente pela praça da Liberdade e vimos os diversos prédios históricos que a rodeiam, todos eles muito bem conservados, inclusive a própria praça. O centro de Belo Horizonte realmente estava muito bonito. Bem ao lado da praça, muito bem localizado, passamos pelo centenário Colégio Izabela Hendrix, uma das unidades da Rede Metodista. Nos indicaram o restaurante Nossa Casa para comermos comida mineira, um buffet por quilo. O destaque no local são os sucos, bem variados e muito consistentes. Belo Horizonte é uma enorme cidade, estava muito quente. O povo passeia bastante para os lados da Pampulha nos domingos e nós também fomos até lá, principalmente para visitar a Igreja de São Francisco, uma das obras do Oscar Niemeyer que integra o Conjunto Arquitetônico da Pampulha – segundo a wikipedia: “A lagoa artificial foi construída no início da década de 1940, quando o prefeito era Juscelino Kubitschek. Para compor o seu entorno, Oscar Niemeyer projetou um conjunto arquitetônico que se tornou referência e influenciou toda a Arquitetura Moderna Brasileira. Fazem parte do conjunto a Igreja São Francisco de Assis, o Museu de Arte da Pampulha, a Casa do Baile e o Iate Tênis Clube. Os jardins de Burle Marx, a pintura de Cândido Portinari, os azulejos de Paulo Werneck e as esculturas de Ceschiatti, Zamoiski e José Pedrosa completam e valorizam o projeto concebido para a lagoa. O conjunto arquitetônico e urbanístico original foi inaugurado em 1943. A orla da Lagoa da Pampulha concentra várias opções de lazer, como o Estádio Governador Magalhães Pinto, mais conhecido como "Mineirão", o ginásio do Mineirinho, o Jardim Botânico, o Jardim Zoológico, o Parque Ecológico, o Centro de Preparação Equestre da Lagoa e pistas para ciclismo e caminhada.”  A igreja se destaca pela sua simplicidade e as linhas limpas e orgânicas do grande mestre Niemeyer. Um afresco do Portinari, encomendado especialmente para o local enfeita o exterior. A luminosidade e o espaço valorizam tudo por ali. Começamos a nos dirigir para o aeroporto no meio da tarde, pois ainda teríamos que devolver o carro na locadora. Enfrentaríamos o frio do Sul em poucas horas...

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